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Ações fiscais da Receita Estadual garantem recuperação de R$ 5 bilhões de tributos sonegados em 2025

Fisco investe em sistemas inovadores e inteligência analítica para fechar o cerco aos devedores de impostos

Fri Dec 12 10:00:00 BRT 2025

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Em 2025, as ações de fiscalização da Receita Estadual garantiram a recuperação de R$ 5 bilhões em tributos não recolhidos, decorrentes de irregularidades, inconsistências fiscais e práticas de sonegação por parte de contribuintes. Esse resultado expressivo reflete uma atuação institucional cada vez mais eficiente e integrada, sustentada pelo investimento contínuo em soluções tecnológicas avançadas, capazes de estender e potencializar o conhecimento, a inteligência analítica e a capacidade decisória dos auditores fiscais.

A incorporação de sistemas tecnológicos, ferramentas de cruzamento massivo de dados e modelos estatísticos sofisticados permitiu à Fiscalização evoluir para um modelo preditivo e altamente estratégico, orientado por evidências e focado na gestão de riscos.

Nesse contexto, além das 91 operações de campo realizadas ao longo de 2025, a Receita Estadual intensificou o uso da fiscalização preditiva, identificando inconsistências e antecipando irregularidades fiscais antes mesmo de sua consolidação.

Essa abordagem possibilita a notificação prévia dos contribuintes, oferecendo a oportunidade de regularização espontânea e reforçando o caráter educativo e preventivo da ação fiscal. Aqueles que, contudo, optam por não se regularizar, são devidamente autuados, em estrita observância à legislação tributária, conforme destaca o secretário de Estado de Fazenda, Luiz Claudio Gomes.

“Diferentemente das operações ostensivas, o trabalho de inteligência é invisível ao público, mas produz resultados significativos, sendo responsável pela maior parte dos créditos tributários recuperados pelo Fisco”, afirma Luiz Claudio.

O modelo adotado traduz uma mensagem clara de eficiência corporativa: a Receita Estadual alia tecnologia, inteligência e atuação qualificada dos auditores fiscais para promover justiça fiscal, fortalecer a conformidade tributária e assegurar a adequada arrecadação de recursos públicos.

Ferramentas tecnológicas
De acordo com o subsecretário da Receita Estadual, Osvaldo Scavazza, no cotidiano da fiscalização mineira, o auditor fiscal deixou de atuar apenas como intérprete da norma para assumir, cada vez mais, o papel de cientista de dados do Estado.

“É ele quem transforma grandes volumes de informações dispersas em conhecimento acionável, construindo a ponte entre os desafios concretos da sociedade e as soluções que o poder público precisa entregar em áreas sensíveis como saúde, segurança, educação e infraestrutura”, destaca o subsecretário.

Nos últimos anos, segundo o superintendente de Fiscalização, Carlos Renato Confar, a atual gestão impulsionou uma mudança significativa nesse modo de atuar, promovendo um salto qualitativo nas técnicas de fiscalização por meio da combinação de automação, inteligência artificial, integração interinstitucional e planejamento estratégico. O resultado é uma atuação mais inteligente, orientada por evidências e capaz de antecipar problemas antes que eles se convertam em perdas para o Estado e para a sociedade.

Nesse contexto, destacam-se sistemas como o Divisa Tributária Segura (DTS), Autorregularização, GEO-ITCD, Radar Fiscal e o Laboratório de Auditoria Digital, vinculado ao Núcleo de Atividades Fiscais Estratégicas da Superintendência de Fiscalização (SUFIS).2025.12.12_Operacoes_Arte

Essas ferramentas não operam de forma isolada: integram um ecossistema de vigilância fiscal inteligente, composto por robôs de varredura, trilhas de auditoria digital, malhas fiscais e ambientes de consolidação e tratamento de grandes massas de dados.

No dia a dia, isso se traduz na capacidade de o auditor modelar comportamentos, identificar padrões atípicos e compreender cadeias complexas de circulação de mercadorias e de operações entre contribuintes. Por meio de modelagens preditivas, algoritmos de detecção de anomalias, painéis dinâmicos de controle e análises em tempo real, a Receita Estadual passa a antecipar eventos, sinalizar riscos e orientar decisões estratégicas antes mesmo que as irregularidades se materializem.

“Ao final, essa inteligência fiscal não se resume à recuperação de créditos tributários. Ela fortalece a capacidade do Estado mineiro de planejar políticas públicas, garantir concorrência leal e assegurar que os recursos arrecadados retornem à sociedade na forma de serviços públicos essenciais, transformando dados em valor público”, pontua Carlos Renato.

Operações
Essa atuação não se limita às operações próprias do Fisco. A Receita Estadual integra a força-tarefa do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), ao lado da Advocacia-Geral do Estado (AGE), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e das polícias Civil e Militar. A união dessas instituições fortalece o combate ao crime organizado, amplia a efetividade das investigações e leva à responsabilização de quem tenta fraudar o Estado.

Em 2025, a Receita Estadual coordenou ou participou de 91 operações de fiscalização em diferentes regiões do estado. Entre os casos de maior repercussão estão as ações contra a falsificação de sabão em pó e as irregularidades praticadas por postos de combustíveis, fraudes que causam prejuízos aos cofres públicos, distorcem a concorrência e penalizam quem atua corretamente no mercado.

Por trás desses números está o trabalho contínuo e determinado da Subsecretaria da Receita Estadual, conduzido pelas dez Superintendências Regionais da Fazenda, alinhadas às diretrizes das Superintendências Centralizadas e com o apoio essencial da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI).

De forma integrada e incansável, essas áreas atuam em todos os setores da economia mineira para combater crimes contra a ordem tributária, recuperar receitas fundamentais às políticas públicas e proteger o ambiente de negócios.
Uma fiscalização eficiente é, sobretudo, uma proteção à sociedade, ao empreendedor honesto e ao desenvolvimento sustentável de Minas Gerais.