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Segunda fase da operação Corretivo mira 8 empresas do segmento de cosméticos

Receita Estadual apura sonegação de impostos estimada em R$ 20 milhões

Thu Sep 10 09:13:00 BRT 2020

2020.09.10_opCorretivo1
Operação será expandida para o interior

A segunda fase da operação “Corretivo” foi desencadeada na manhã desta quinta-feira (10/9) pela Receita Estadual, com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais. Os alvos das buscas e apreensões são oito atacadistas do segmento de cosméticos, localizados em Belo Horizonte (3) e Contagem (5). Eles são suspeitos de sonegar o ICMS utilizando-se de subfaturamento de mercadorias, compra e venda de produtos sem documento fiscal e constituição de empresas de fachada para a emissão de notas frias.

Somadas as irregularidades fiscais cometidas pelas oito empresas, somente nos últimos dois anos, o prejuízo aos cofres públicos é estimado em R$ 20 milhões.

Segundo a Receita Estadual, na primeira fase da operação, ocorrida no último dia 21 de agosto, entre o material apreendido na empresa investigada destacam-se registros de uma contabilidade paralela, discriminando as operações regulares e as praticadas de forma fraudulenta, como vendas sem notas fiscais. Na ação desenvolvida nesta quinta-feira, a expectativa é que os documentos apreendidos confirmem os indícios de fraude fiscal identificados durante a investigação envolvendo as oito empresas.

"Não se trata de uma quadrilha, mas de empresas que se utilizam do mesmo tipo de fraude para sonegar o imposto. Assim como na primeira fase da operação, após confirmadas as irregularidades, o Fisco irá exigir o imposto sonegado. Também será possível, a partir do material apreendido, identificar os varejistas que se aproveitaram do esquema e até mesmo lançar mão da representação fiscal para fins penais contra os envolvidos", disse o auditor fiscal Francisco Lara, coordenador da operação.

Próximas fases
A Receita Estadual informou que outras fases da operação Corretivo estão programadas, expandindo para o interior do Estado, com o objetivo de destruir os elos de uma cadeia de sonegação no segmento de cosméticos, que envolve indústrias, atacadistas e varejistas. As investigações do Fisco ocorrem com a utilização de inteligência artificial e algoritmos para analisar o perfil dos contribuintes e cruzamento de dados, de forma a combater o crime contra a ordem tributária.

"Quem trabalha honestamente vai se beneficiar dessas operações. Já aqueles que estão sonegando, utilizando laranjas, empresas de fachada e operações sem nota fiscal, nós vamos pegar", afirmou o auditor fiscal Paulo Henrique Leão.

Participam da operação 34 servidores da Receita Estadual, além de agentes da Polícia Civil.